Sessões Plenárias
Sábado, 10:00 – 11:15
CONFERÊNCIA PLENÁRIA:
Tema: Mudanças curriculares inspiradas pela investigação acerca das capacidades matemáticas transversais
Towards holistic thinking in mathematics learning: Developing connected mathematical competencies across the mathematics curriculum.
Mathematics teaching and learning for all students can reach beyond basic numeracy to one that cultivates relational thinking and inspires enquiry and problem solving. This presentation provides an overview of research that has informed review and change in mathematics curriculum and assessment: from a focus on disconnected isolated mathematics topics and skills to one that focuses on salient transversal processes. Often promoted as a process approach, curriculum change at international level has ‘intended’ to achieve both conceptual knowledge and applied process skills. One such approach in Australian schools has developed a research-based framework for promoting mathematics learning through common core processes centred on ‘patterns and structures’ across all strands of the mathematics curriculum. The Australian Curriculum: Mathematics describes Proficiencies of understanding, fluency, problem solving and reasoning that highlight the importance of connected mathematical thinking. Problem solving tasks involving students in modelling, representing, visualising, generalising will exemplify a connected approach to mathematics teaching and learning.
Conferencista: Joanne Mulligan, Macquarie University, Austrália
Domingo, 12:00 – 13:15
CONFERÊNCIA PLENÁRIA:
Tema: Investigação sobre pensamento computacional
Computational thinking and its role in mathematics teaching and learning: history, research, and practical implications
Computational thinking, in its modern version, is relatively recent conceptualisation of a particular approach to solving problems based on algorithms, pattern recognition, abstraction, and logic. While representing core skills of computer science, and particularly, in computer programming, it has clear connections to mathematics, at least to its computational branches. Introduced in some mathematics classed in the beginning of 1960s, computer programming, or computer literacy, in its turn, became a part of mathematics curriculum in some parts of the world (e.g., United States) in 1980s-1990s. Its reappearance in mathematics classes in the last decades is per se, an interesting point of ongoing debates on complex relationship between computer science and mathematics education. In my talk, will review historical, psychological, and epistemological foundations of these debates, and provide some examples of recent re-introduction of computer programming in mathematics curricula in Canada (e.g., Ontario) and in France. I will also discuss some research findings from our research in New Brunswick (Canada). Further directions for research and practice will also be discussed.
Conferencista: Viktor Freiman, University of Moncton, Canadá
Domingo, 12:00 – 13:15
PAINEL PLENÁRIO:
Capacidades matemáticas transversais: do estado da arte a novas perspetivas de investigação
Resumo
Um ensino eficaz da matemática envolve pensar, de forma integrada, tanto o desenvolvimento conceptual como o desenvolvimento de capacidades matemáticas transversais, nomeadamente, através de tarefas que promovam as capacidades de resolução de problemas, raciocínio matemático e comunicação matemática, promovendo também o estabelecimento de conexões, a utilização flexível de representações e o pensamento computacional dos alunos. A discussão que perspetivamos neste painel centrar-se-á na investigação produzida em torno de três destas capacidades – Resolução de Problemas de Matemática, Raciocínio Matemático e Comunicação Matemática – e irá tomar como ponto de partida uma revisão do estado da arte com foco no mapeamento de temas emergentes, perspetivas teóricas mais influentes, bem como as metodologias que têm sido preferencialmente adotadas. Com base nesta síntese da literatura, faremos uma análise prospetiva com o intuito de identificar temáticas de investigação promissoras, com potencial de contribuir para o avanço do conhecimento científico e também produzir impactos ao nível da aprendizagem matemática dos alunos. Assim, e em colaboração com os participantes, ensaiaremos uma agenda para a investigação num futuro próximo em torno das capacidades matemáticas transversais.
Moderadora:
Hélia Jacinto, Instituto de Educação, Universidade de Lisboa
Participantes:
Maria Helena Martinho, Universidade do Minho
João Pedro da Ponte, Universidade de Lisboa
Josefa Perdomo Díaz, Universidade de La Laguna
Hélia Jacinto é professora de Matemática doutorada em Didática da Matemática (IEUL) e mestre em Informática Educacional (UCP). A sua atividade de investigação debruça-se sobre o uso de tecnologias digitais na resolução de problemas de matemática e, de um modo mais abrangente, no ensino e aprendizagem da matemática. Encontra-se a desenvolver o projeto de investigação “Resolução Colaborativa de Problemas de Matemática com Tecnologias” no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, suportado pela FCT no âmbito da 1.ª edição do CEEC Individual. É autora e editora de vários livros e tem publicado a sua pesquisa em conferências e revistas, nacionais e internacionais, na área da Educação Matemática. Tem colaborado em diversos projetos de investigação e em várias iniciativas de formação de professores, dos quais se destacam o projeto Construindo o Êxito em Matemática (DRE, RAM) e o Plano da Matemática II (DGE). Atualmente é membro do Grupo de Trabalho do Desenvolvimento Curricular e Desenvolvimento Profissional em Matemática (DGE). Integra ainda o Conselho Editorial da coleção Tendências em Educação Matemática, da Editora Autêntica (Brasil), e é Subdiretora da Quadrante – Revista de Investigação em Educação Matemática.
Maria Helena Martinho. Doutorada em Didática da Matemática pela Universidade de Lisboa (2007). Professora do Instituto de Educação da Universidade do Minho. Investigadora do Centro de Investigação em Educação da qual foi Diretora Adjunta de 2010 a 2012. Diretora da Revista Portuguesa de Educação desde 2019. Diretora do Mestrado em Ensino de Matemática no 3.º Ciclo e no Ensino Secundário de 2009 a 2020. Atualmente é coordenadora da Especialidade em Educação Matemática do Doutoramento em Ciências da Educação. De 2014 a 2016 foi Vice-Presidente da Associação de Professores de Matemática e foi subdiretora da Quadrante de 2012 a 2015.
Os principais interesses de investigação incluem comunicação matemática, literacia matemática, raciocínio matemático, argumentação matemática, práticas de professores de matemática e trabalho colaborativo, áreas em que publica regularmente Orientou vários alunos de mestrado e doutoramento. Coordenou um projeto de investigação em torno das literacias na área de conteúdo com desafios para o envolvimento do aluno na aprendizagem. Participou em vários projetos de investigação nacionais e internacionais. Tem colaborado regularmente com governos e parcerias internacionais, por exemplo na monitorização da implementação do Novo Programa de Matemática do Ensino Básico em Portugal, de 2009 a 2012, no Desenvolvimento do Currículo do 3.º Ciclo do Ensino Básico de Timor-Leste e na Reforma Curricular do Ensino Básico da Guiné-Bissau. Lecionou em Mestrados de formação de professores e de formadores de professores na Universidade Pedagógica de Maputo, na Universidade Nacional de Timor-Lorosa’e, bem como, atualmente, na Guiné-Bissau e em Angola.
João Pedro da Ponte é Doutor em Educação Matemática pela Universidade da Georgia (EUA) (1984). É professor catedrático de Didática da Matemática do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa e foi professor visitante em Universidades no Brasil e Espanha. Coordenou projetos de investigação de Didática da Matemática, Formação de Professores e TIC. Dirigiu 43 teses de doutoramento e 89 trabalhos de mestrado. Tem investigado sobre a prática profissional, conhecimento e desenvolvimento profissional do professor, com especial atenção aos estudos de aula e ao ensino-aprendizagem dos números, álgebra e raciocínio matemático. Publicou livros, capítulos e artigos em revistas como Educational Studies in Mathematics, ZDM, Journal of Mathematics Teacher Education, RELIME, Acta Scientiae e BOLEMA. Foi autor da proposta de adaptação do Processo de Bolonha na formação inicial de professores. Coordenou a equipa que elaborou o programa de Matemática do ensino básico em 2007. Colabora com a Associação de Professores de Matemática (APM), sendo membro do Grupo de Trabalho de Investigação (GTI).
Josefa Perdomo Diaz, Profesora contratada doctor en la Universidad de La Laguna (Tenerife, España). Doctora en Matemáticas (especialidad en Didáctica de las Matemáticas).
Experiencia docente: He sido profesora de Matemáticas de Educación Secundaria (grados del 7 al 12) y formadora de docentes, de Educación Primaria y Secundaria, tanto en instancias de formación inicial como de formación continua.
Líneas de investigación: Mis principales líneas de trabajo han estado relacionadas con: (i) los conocimientos, procesos cognitivos y prácticas matemáticas que emergen en contextos de resolución de problemas, con o sin tecnología, (ii) las tareas y prácticas docentes que promueven el desarrollo de la creatividad matemática y (iii) el diseño y evaluación de propuestas de desarrollo profesional docente con foco en la resolución de problemas.
Esa experiencia en el contexto de la resolución de problemas, trato de extenderla a otros ámbitos como: (i) el sentido numérico, (ii) el diseño y la validación de pautas de observación de clases de matemáticas, como instrumento tanto para la investigación como para la formación docente y (iii) el diseño de estrategias e instrumentos para evaluar el desarrollo y el impacto de programas de formación docente, inicial y continua.
En cuanto a metodologías de investigación, me interesan tanto los estudios cuantitativos, como cualitativos o mixtos. En la actualidad soy investigadora principal de un proyecto sobre “formulación de problemas” (problem posing) titulado “Herramientas digitales y formulación de problemas matemáticos. Diseño de una instrucción para docentes de Educación Primaria”, del Gobierno de Canarias. Además, participo como investigadora en un proyecto internacional del Ministerio de Educación del Gobierno de Chile, titulado, “Diseño de asignaturas innovadoras para la formación inicial docente en pedagogía matemática y desarrollo de un modelo para su evaluación y mejora”